- O assunto tratado aqui, jejum intermitente (ou JI), não é “loucura de blogueiro”. Embora eu não seja (ainda!) profissional da área de saúde, há toda uma corrente de pensamento científico e um bocado de evidências para embasar a prática. Por exemplo, só nesse link você vai achar mais de 750 artigos falando sobre uso de JI para tratar diversas condições de saúde. Então antes de jogar pedras, informe-se.
- Jejum intermitente não é essencial para perder peso. É uma ferramenta útil, apenas isso. Eu não jejuo porque quero emagrecer. Perdi todo o peso que desejava simplesmente praticando uma dieta paleo/lowcarb, sem jejuar. No entanto, o jejum me beneficia de várias formas: aumenta minha concentração, me dá mais disposição e economiza tempo e dinheiro. Eu não estou de forma alguma recomendando que você pratique – apenas relato o meu caso.
- Se você já tem algum tipo de transtorno alimentar (especialmente anorexia ou bulimia), antes de sequer pensar em jejuar, fale com seu terapeuta. Não é brincadeira.
Sumário
- 1 Dia 1 – 07/08/2017 – 22h32 – 24h em jejum
- 2 Dia 2 – 08/08/2017 – 23h55 – 48h em jejum
- 3 Dia 3 – 09/08/2017 – 21h56 – 72h em jejum
- 4 Dia 4 – 10/08/2017 – 21h47 – 96h em jejum
- 5 Dia 5 – 11/08/2017 – 21h40 – 120h em jejum e primeira quebra
- 6 Dia 6 – 12/08/2017 – 19h33 – Primeiro fim-de-semana livre
- 7 Dia 7 – 13/08/2017 – 22h31 – Primeiro fim-de-semana livre
- 8 Dia 8 – 14/08/2017 – 21h17 – 24h em jejum
- 9 Dia 9 – 15/08/2017 – 21h41 – 48h em jejum
- 10 Dia 10 – 16/08/2017 – 21h12 – 72h em jejum
- 11 Dia 11 – 17/08/2017 – 20h51 – 96h em jejum
- 12 Dia 12 – 18/08/2017 – 21h39 – 120h em jejum e segunda quebra
- 13 Dia 13 – 19/08/2017 – 20h21 – Segundo fim-de-semana livre
- 14 Dia 14 – 20/08/2017 – 22h34 – Segundo fim-de-semana livre
- 15 Dia 15 – 21/08/2017 – 21h32 – 24h em jejum
- 16 Dia 16 – 22/08/2017 – 20h46 – 48h em jejum
- 17 A evolução no espelho
- 18 A evolução em números
Dia 1 – 07/08/2017 – 22h32 – 24h em jejum
Dia 2 – 08/08/2017 – 23h55 – 48h em jejum
Dia 3 – 09/08/2017 – 21h56 – 72h em jejum
Dia 4 – 10/08/2017 – 21h47 – 96h em jejum
Dia 5 – 11/08/2017 – 21h40 – 120h em jejum e primeira quebra
Medi a minha glicemia imediatamente antes de comer, e deu 98mg/dl. Medi 1h depois, quando acordei do cochilo, e deu 104mg/dl. O Luis Schütz deixou um comentário muito interessante sobre a minha media de glicemia depois de 48h de jejum, que reproduzo aqui:
- Durante as quebras de jejum, zero carbo (ou seja, algo tendendo a cetogênico se eu não abusar da proteína)
- Durante as quebras de jejum, zero álcool (ou seja, nada de vinho e destilados pelas próximas 3 semanas)
Dia 6 – 12/08/2017 – 19h33 – Primeiro fim-de-semana livre
- Eu comi com força ontem e hoje, e essa comida ainda não saiu. É notório que dietas sem fibra deixam o trânsito intestinal mais lento (não que isso seja ruim. Leia aqui, aqui e aqui), e as únicas plantas que consumi foram umas cebolas e pimentões que vieram com o lombo. Na prática então, dentro do meu bucho ainda tem MUITA coisa para sair.
- O volume de sal que comi ontem e hoje deve ter superado de longe todo o sal que consumi durante a semana de jejum. Provavelmente isso fez reter mais água. Ou ainda: o estoque de glicogênio muscular e hepático pode ter sido restaurado a partir da proteína e gordura que comi – e como sabemos, o glicogênio no corpo fica armazenado sob forma hidratada, e portanto mais pesado.
Detalhe: mesmo não tend ido ao banheiro para o #2, tenho ZERO desconforto. Nada de dores, inchaço ou gases – sendo que esses últimos eu já esperava que não aparecessem: eles são formados a partir da fermentação de fibras. Como eu comi praticamente produtos de origem animal, não há fibras a serem fermentadas e por conseguinte não há gases.
Dia 7 – 13/08/2017 – 22h31 – Primeiro fim-de-semana livre
Dia 8 – 14/08/2017 – 21h17 – 24h em jejum
Depois de ler um outro comentário do Luis Schütz (mais uma aula gratuita sobre a fisiologia da cetose), desencanei bastante de medir as cetonas:
Hilton,gostaria de comentar sobre o porque acho totalmente desnecessário medir ou perseguir cetose nutricional.
1 – O custo das tiras para medir a cetose no sangue são absurdamente caras, na faixa de 3~5 reais cada. Imagina uma pessoa medindo isso por vários dias ou meses.Certamente, se todo esse dinheiro, tempo e esforço para testar as cetonas fosse direcionado a aplicá-lo para escolhas de alimentos adequados, bem como um programa estruturado de treinamento de força, teríamos muito mais “retorno”.
2 – A outra forma de medir cetonas, via urina, são muitas vezes não detectáveis pós-cetoadaptação, resultando em pessoas que pensam que não estão mais em cetose, quando na verdade elas estão totalmente adaptadas, “derramando” menos cetonas, ou seja,estão utilizando as mesmas como fonte de energia. Além disso, os níveis de hidratação são um fator de confusão no teste de cetonas na urina, que podem resultar em um “falso positivo” e um “falso negativo”. Além disso, as cetonas da urina são aquelas desperdiçadas – aquelas que estão sendo excretadas do corpo e não aquelas que são ativamente utilizadas. Essas cetonas não são e não foram usadas pelo cérebro. Como verificar se o corpo está usando cetonas como fonte de energia se as únicas cetonas testadas não estão sendo utilizadas como fonte de energia?
3 – A outra forma de medir cetonas é pela respiração, que pelo que sei, só poderá ser feito por um aparelho (Ketonix) que fica na faixa de $180~200 dólares! Por Michel Lundel, o inventor do Ketonix:
4 – Interpretação ERRADA dos dados:
Então, o que acontece, muitas pessoas testam à noite e têm cetonas altas, e aí quando testam pela manhã , encontram cetonas mais baixas , aí acham que comeram muita proteína ou carboidratos no jantar do dia anterior. Sabemos que isso não é verdade .Lembrando que pela manhã o cortisol é maior e a gliconeogênese acontece!.
b – Quando as cetonas no sangue estão altas, pode significar que as mesmas estão se acumulando no sangue e não sendo usadas. Qual o objetivo de ter “altos níveis de cetona” se eles não estão sendo usados de forma eficiente?
c – Muitas pessoas ceto-adaptadas a longo prazo observam baixas cetonas no sangue, mas ALTAS na respiração. Talvez este seja um sinal de adaptação em curso ainda, mas não podemos dizer com certeza porque não há dados sobre isso. Uma hipótese é que baixas cetonas no sangue com cetonas altas na respiração são meramente indicativas do metabolismo eficiente destas. Observe, se alguém estava apenas testando no sangue, ela pode pensar que “não estão mais na cetose”, apesar de altos níveis de cetonas através do Ketonix indicar alto uso de gordura para combustível.
d – Os resultados do teste no sangue de cetonas indicam que o número muda para cima e para baixo substancialmente. É difícil encontrar algo concreto quando o número se move tanto. Isso leva à confusão e à necessidade de testar uma série de vezes para descobrir o que está acontecendo. Como eu disse, no entanto, o teste de cetonas de sangue é caro….e tem de estar toda hora “furando” dedo……
5 – A queima de ácidos graxos do tecido adiposo é o principal benefício de uma dieta cetogênica.
Em uma dieta cetogênica, parte da demanda energética do cérebro é alimentada por cetonas, mas o coração, os músculos, etc. são alimentados por ácidos graxos. A maior parte da energia que utilizamos em repouso e no esforço sub-máximo em uma dieta cetogênica é o ácido gordo, e não as cetonas. Citando o Dr. Ron Rosedale sobre “perseguindo cetonas “:
“Eu não quero que as pessoas tenham a mentalidade de que são as cetonas que são o benefício da dieta. Elas são um efeito “colateral ” benéfico, mas o principal benefício é que você está queimando ácidos gordurosos da gordura corporal, e não glicose. E é realmente aí que você está recebendo o benefício … Portanto, as cetonas são ótimas, mas o termo dieta cetogênica indicando que a dieta é tão boa porque você está gerando todas essas cetonas é uma má interpretação do benefício. O principal benefício é que você está queimando ácidos gordurosos e isso TAMBÉM acontece numa dieta LCHF NÃO-CETOGÊNICA. Claro, como efeito colateral da queima de ácidos graxos, você pode estar produzindo cetonas para que seu corpo também possa queimar .
6 – Pode-se ganhar, perder ou manter o peso corporal dentro ou fora da cetose. Se o objetivo PRIMÁRIO de alguém for perda de peso, há zero razão para testar a cetose. Testar cetose seria puramente mais para casos terapêuticos, como tratar epilepsia,por exemplo( eficácia comprovada).
7 – Uma das primeiras coisas que aprendemos em uma dieta cetogênica é não temer a cetoacidose. A cetoacidose é uma condição em que as cetonas (e potencialmente níveis de glicose no sangue) são muito altas(diabéticos tipo 1). A razão pela qual a maioria das pessoas não precisa se preocupar com a cetoacidose é porque a insulina modera os níveis de cetonas . Em outras palavras, as cetonas causam uma resposta da insulina (confirmada em 3.0mmol / L, mas suspeita de ocorrer abaixo desse nível). Os altos níveis de insulina, no contexto de uma dieta HIPERcalórica, poderá levar ao ganho de peso.
O excesso de ingestão de gordura objetivando cetose lhe dará cetonas mais altas, mas a insulina irá responder para manter essas cetonas sob controle e as altas quantidades de gordura irão ao armazenamento. As pessoas podem ter leituras mais baixas de cetonas quando ingerem mais proteína, mas é mais importante comer uma quantidade adequada de proteína para preservar a massa corporal magra do que ter níveis terapêuticos de cetonas.
Em resumo,não se preocupe com a medida de cetonas. Existem poucos motivos para medí-las depois de simplesmente entender que a redução dos carboidratos (assumindo estilo páleo/primal LCHF) ou o Jejum Intermitente causa a lipoadaptação (e suas positivas consequências) e eventualmente produção e uso de cetonas.
Dia 9 – 15/08/2017 – 21h41 – 48h em jejum
Medi a glicemia agora à noite, e deu 80mg/dl – bastante diferente dos 111mg/dl medidos às 48h de jejum da primeira semana. Eu atribuo isso à cetose instalada: com mais cetonas à disposição para fornecer energia, o fígado precisa produzir menos glicose para manter o corpo funcionando. Vejamos quanto vai dar na sexta-feira, quando completar 120 horas!
Tive o segundo bate-papo com a Djulye Marquato e a Flávia Trajano agora à noite, e foi muito bacana!
Dia 10 – 16/08/2017 – 21h12 – 72h em jejum
Dia 11 – 17/08/2017 – 20h51 – 96h em jejum
Dia 12 – 18/08/2017 – 21h39 – 120h em jejum e segunda quebra
Dia 13 – 19/08/2017 – 20h21 – Segundo fim-de-semana livre
Dia 14 – 20/08/2017 – 22h34 – Segundo fim-de-semana livre
Dia 15 – 21/08/2017 – 21h32 – 24h em jejum
Dia 16 – 22/08/2017 – 20h46 – 48h em jejum
Dia 17 – 23/08/2017 – 20h02 – 72h em jejum
Hoje foi dia de suplício: depois de levar a filha ao colégio, fui comprar – e preparar carne. Deixei a picanha no freezer para a quebra de jejum no fim-de-semana, mas preparei linguiça de pernil e barriga de porco assadas. O cheiro que saiu foi de fazer chorar 😀
Dia 18 – 24/08/2017 – 21h22 – 96h em jejum
Hoje eu fiz questão de botar o corpo à prova. Pela manhã, fui passear com o meu filho aqui pelo bairro (Santa Teresa), e embora não seja nem de longe o mais íngreme de BH, tem umas ladeiras bem inclinadas. Pois bem, foram essas que escolhi para empurrar o carrinho morro acima a passo rápido, e também para segurá-lo nas descidas.
O processo de grande esforço durou uns bons 30 minutos, com outros 30-45 andando no plano a passo lento. Deu para perceber o quanto estou fora de forma, mas ao mesmo tempo, considerando os 4 dias sem comer nadinha, nada do que tinham me alertado aconteceu: não desmaiei, não tive tonturas, não senti fraqueza. A respiração ficou bem ofegante, e foi tudo.
Ainda brinquei com o bebê o resto da manhã, busquei a filha no colégio, trabalhei a tarde inteira e ainda fui resolver compromissos no centrão lá pelas 17h.
Como eu já tinha comentado, a quarta-feira (ontem, 3o dia de jejum dessa semana) foi o mais dia mais difícil. As pontadas de fome hoje quase não vieram, aparecendo levemente quando preparei um caldo de feijão com bacon para a família.
A balança caiu mais um pouco: 63.4kg. A cintura encolheu mais 1cm, chegando aos 81cm. Estou curioso para medir a minha glicemia amanhã antes e depois da quebra.
Dia 19 – 25/08/2017 – 20h09 – 120h em jejum e terceira quebra
Levei a filha ao colégio e tentei trabalhar pela manhã – não deu muito certo por causa dos afazeres de síndico (dica: jamais sejam síndicos). Houve um entupimento em um apartamento vazio, e retornou água de esgoto pela pia da cozinha. Chamei a desentupidora, sobe escada, desce escada, abre a caixa de gordura, sobe escada, desce escada, etc.
Na parte da tarde, fiquei cuidando do bebê e aproveitei para fazer uma guerra de bolinhas com a filha. Acabamos todos deitados no chão, sem fôlego.
Lá pelo fim da tarde, fui com o filhão buscar umas malas e sapatos que tinha deixado para recauchutar. Sobe ladeira, 5 quarteirões. Quando cheguei na porta, TCHARAM!, esqueci o dinheiro e o cara não aceita cartão. Desce ladeira, 5 quarteirões, pega o dinheiro, sobe ladeira, 5 quarteirões.
Pelo menos achamos outro pé de pitanga carregado no caminho, e o moleque se esbaldou. Eu fiquei só observando.
Fatos notáveis: passamos perto de um açougue, e o cheiro de carne crua me fez salivar. Embora eu adore carne, isso nunca tinha acontecido antes.
As medidas antes da quebra de jejum foram: 62.5kg (900g a menos que ontem) e 81cm de cintura (não se alterou). A glicemia deu 79mg/dl.
A quebra de jejum teve barriga de porco assada, linguiça de pernil e ovos mexidos apimentados, acompanhados de um copão de água gelada. Caiu bem, muito bem. E outro fato notável: dessa vez não tive a lombeira nem a vontade de dormir que aconteceu nas outras duas quebras. Vai saber porque…
Medi a glicemia 1h depois de comer, e deu 85mg/dl. Nada como uma refeição zero carbo para NÃO alterar a glicemia 😀
Ah, um último fato notável: misteriosamente, tive alguns gases hoje. Achei estranho, dado que não comia nada (e portanto, nada de fibras ou qualquer material fermentável) desde domingo à noite. O último #2 foi na terça, se não me engano. Ainda mais estranho: os gases foram completamente sem cheiro. Parece aquela piada em que a velhinha fala com o médico “Doutor, meus puns não têm cheiro nem fazem barulho. Só depois que entrei no consultório já soltei uns cinco”, e o médico responde “Primeiro vamos tratar do seu nariz, depois dos seus ouvidos” 😀 Não sei de onde esses gases vieram, mas não incomodaram em nada. Estou curioso para pesquisar o efeito de jejuns longos sobre a microbiota intestinal, conforme o Paulo Rigler comentou aqui no post… Sabemos que se dermos comida ruim para ela, causamos o caos. Mas e se não dermos nada, o que acontece?
A sensação que tenho ao olhar no espelho é de que ganhei um pouco de músculos – o que é obviamente impossível, já que não comi e nem malhei. Mas como o Andy Morgan diz, “a maneira mais fácil de parecer que você ganhou 5kg de músculos é perder 5kg de gordura” 😀
No fim das contas, achei essa semana mais fácil que a anterior. Agora já se foram 3/4 do teste. Que venha o resto!
Dia 20 – 26/08/2017 – 21h45 – Terceiro fim-de-semana livre
Mesmo não estando com muita fome, fiz questão de fazer um desjejum com ovos mexidos. Saí cedo de casa para resolver coisas no centro da cidade, e andei até quase meio-dia. Na volta, churrasco de picanha! A minha esposa está doente, então passei o resto do dia cuidando da molecada e agora à noite teve mais picanha 😀
Dia 21 – 27/08/2017 – 22h03 – Terceiro fim-de-semana livre
Acordei com a barriga lotada – pudera, pela quantidade de carne e ovo ingerida ontem. Ao longo da manhã, gasta brincando com os filhos, o apetite foi voltando. O almoço, para variar, foi mais picanha – mas também teve linguiça 😀
Depois do almoço, finalmente instalei a TV na parede da área de churrasco. Agora já consigo ver um show enquanto a carne queima 😀
A minha filha pediu sorvete de banana, e lá fui eu fazer (sempre deixo bananas maduras, descascadas, no freezer – é só processar). Pela primeira vez nesses mais de 20 dias, tive vontade FORTE de comer algo doce. Acho que foi o cheirinho da banana madura. De qualquer maneira, como o experimento inclui ser zero carbo mesmo na quebra de jejum, resisti bravamente. Semana que vem eu como uma fruta 😀
Agora à noite, arrematei a última refeição com um prato de torresmos – agora é encarar mais uma semana de jejum (a última!). Já estou começando a desenhar o protocolo que pretendo seguir por alguns meses, depois que esse experimento acabar.
A balança marcou 65.4kg, mas a cintura encolheu um pouco: 81.5cm
Dia 22 – 28/08/2017 – 21h47 – 24h em jejum
A minha filha amanheceu com dor de ouvido, então não foi à aula. Trabalhei normalmente pela manhã, e aproveitei para formatar um notebook que estava parado. Passei a tarde brincando com as crianças, e percebi algo que não esperava durante essa quarta semana de jejum: acredito que a fome que senti foi maior que nas segundas-feiras anteriores. Não sei se é psicológico, fruto de saber que é a última…
Dia 23 – 29/08/2017 – 22h07 – 48h em jejum
Passei a manhã com as crianças (a minha filha ainda tá meio doentinha), e lá pelas 10h30 saí para uma caminhada longa empurrando o carrinho de bebê. Andei uns 4km, subindo e descendo ladeira, e cheguei a tempo de aprontar o almoço dos dois. O cheiro da comida estava tão bom que deu uma dorzinha de cabeça 😀 Compensei comendo uma pitadinha de sal e caprichando na água. Passou a dor quase que imediatamente.
Fui com a esposa levar as crianças ao pediatra, e a dor de ouvido parece ser resultado de um resfriado leve. Um descongestionante teoricamente vai resolver, segundo o doutor. O filhão tá completamente saudável (se depender do tanto que ele tem comido de carne, frutas e legumes, não tem germe malvado que cresça ali 🙂
Agora à noite a balança marcou 63.4kg – uma queda e tanto comparado com ontem. A cintura também encolheu de novo, para 80.5cm. Finalmente, a glicemia foi a menor que medi até então: 75mg/dl – estou quase hipoglicêmico pelos padrões convencionais 😀
Tive uma conversa bacana com a Flávia agora à noite (infelizmente a Djulye não pôde comparecer), principalmente sobre os aspectos “psi” do jejum prolongado…
Dia 24 – 30/08/2017 – 21h14 – 72h em jejum
Queria ter levado o filho ao médico hoje, mas acabou não dando. A filhota voltou à aula, depois de passar a segunda e terça se recuperando. Parece que está novinha em folha! Trabalhei normalmente pela manhã, embora tenha tido algumas interrupções com a sindicância (já falei antes, mas repito: não sejam síndicos!)
À tarde levei a filharada para passear e brincar na pracinha. Tivemos que sair um pouco às pressas porque o meu moleque resolveu fazer um #2 daqueles 😀
Tive pontadas de fome bem fortes enquanto preparava o almoço dos dois – mas já estava esperando: o terceiro dia de jejum foi o pior em todas as semanas anteriores… Pelo menos a dor de cabeça desapareceu sem deixar rastros…
A balança marcou 62.8kg agora à noite, mas a cintura não mudou: 80.5cm.
Dia 25 – 31/08/2017 – 21h36 – 96h em jejum
Noite tensa, e dia mais tenso anda. O meu filho arranjou uma virose, e teve diarréia – tava de dar dó, todo assado 🙁 Acabei recorrendo a um hidratante de farmácia que já tinha em casa, mas o moleque não quis tomar… insisti bastante com água, e ele foi se aprumando. Na hora do almoço, conseguiu comer ovos mexidos com carne e um tiquinho de arroz, e já não teve mais disenteria. Ufa.
Dia 26 – 01/09/2017 – 20h35 – 120h em jejum e quarta quebra
Game over!
(Perdi massa magra também? Certamente! Mas acredito que não foi muita, ou ao menos nada perceptível na minha força cotidiana.)

- Segunda-feira: jejum
- Terça: almoço, low-carb
- Quarta: almoço, low-carb
- Quinta: almoço, low-carb
- Sexta: jantar, carbos à vontade
- Sábado: livre
- Domingo: livre
A evolução no espelho
07/08
69.2kg
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08/08
68.3kg
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09/08
67.7kg
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10/08
66.4kg
|
11/08
65.9kg
|
12/08
68.4kg
|
13/08
69.5kg
|
14/08
67.4kg
|
15/08
66.4kg
|
16/08
65.8kg
|
17/08
64.7kg
|
18/08
63.9kg
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19/08
67kg
|
20/08
67kg
|
21/08
66.2kg
|
22/08
64.9kg
|
23/08
63.9kg
|
24/08
63.4kg
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25/08
62.5kg
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26/08
64.8kg
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27/08
65.4kg
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28/08
64.8kg
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29/08
63.4kg
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30/08
62.8kg
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31/08
62.3kg
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01/09
61.3kg
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