Artigo traduzido por Hilton Sousa. O original está aqui.
por Lucy Johnston
A pesaquisa vai acrescentar ao debate que circunda essas drogas, que são rotineiramente dadas a 12 milhões de pacientes no Reino Unido, ou cerca de 1 em cada 4 adultos.
Apoiadores dizem que elas salvam vidas ao reduzir o colesterol, e as agências reguladoras de saúde do Reino Unido dizem que elas são seguras. Entretanto, mais e mais estudos têm sugerido que riscos tais como dor muscular severa, depressão, fadiga, memória prejudicada e derrames, podem ultrapassar os benefícios em muitos pacientes.
Muitos médicos e acadêmicos de ponta acreditam que as agências confiam demais em estudos financiados pela indústria farmacêutica, cujos detalhes são mantidos “escondidos” devido a acordos de confidencialidade comercial.

E ele disse que as drogas podem fazer mais mal que bem para pessoas com baixo risco de doença cardíaca: “Eu sou cético a respeito de prescrever as diretrizes para pessoas em risco mais baixo (de doença cardíaca). Estou preocupado sobre os efeitos a longo prazo sobre a grande população de pessoas saudáveis que usam essas drogas, e que continuarão a usar por muitos anos”.
E o Dr. Malcolm Kendrick, que tem estudado as estatinas e a saúde cardíaca, disse: “Há alguns estudos pequenos que sugerem um aumento do risco de diabetes com o uso das estatinas. Entretanto, esse estudo grande e de longo prazo confirmou que é um problema significativo”.
Ele acrescentou: “Esse estudo destrói o argumento de que essas drogas deveriam ser prescritas para qualquer pessoa, já que os danos podem superar os benefícios previamente sugeridos”.
Pacientes incluídos no estudo foram identificados como adultos saudáveis, e os pesquisadores avaliaram 3982 usuários de estatinas e 21988 não-usuários ao longo de 1 década.
Um porta-voz do MHRA, a agência governamental reguladora de medicamentos, disse: “Os benefícios das estatinas estão bem estabelecidos e considera-se que ultrapassem os riscos de efeitos colaterais na maioria dos pacientes. Quaisquer novas informações significativas sobre a eficácia das estatinas será cuidadosamente revisada e ações serão tomadas se necessário”.