Diverticulose e diverticulite
Artigo traduzido por Hilton Sousa. O original está aqui.
por Barry Groves
Diverticulose e diverticulite são condições muito comuns entre adultos mais velhos em países desenvolvidos. Desde que a "alimentação saudável" foi introduzida, os números de casos nos países desenvolvidos aumentou em mais de 50%. A doença diverticular é um dos 5 distúrbios gastrointestinais mais caros dos EUA. 30 anos atrás, a proporção de pessoas que morriam de doença diverticular estava diminuindo. Durante os últimos 20 anos, entretanto, as taxas anuais de admissão e intervenção cirúrgica aumentaram 16% [1] .
A diverticulose desenvolve-se empontos fracos nas paredes do cólon, tipicamente no lado esquerdo do abdomen. Em resposta à pressão, pequenos sacos em formato de balão, chamados divertículos, podem irradiar-se para fora através dos pontos fracos. Neste estágio, a maioria das pessoas não tem sintomas. O problema começa quando um divertículo é preenchido com fezes que começam a fermentar. Isso causa a diverticulite (inflamação do divertículo), bem mais séria e que pode infeccionar o cólon e causar hemorragia. Neste ponto, cuidados hospitalares são geralmente requeridos e cirurgia pode ser recomendada em circunstâncias específicas.
Normalmente, uma dieta rica em fibras é recomendada como parte do tratamento para essa e todas as condições que afetam os intestinos. Entretanto, dietas ricas em fibras quase sempre incluem grandes quantidades de carboidratos – pão integral, farelos de cereais, etc. E aí jaz o problema. Em um artigo sobre o assunto na Lancet (N.T.: revista médica inglesa conceituada mundialmente) o editor escreveu: "Farelo está na defensiva. Há pouca evidência ligando o aumento da ingestão de fibra por si, a qualquer efeito benéfico sobre a saúde. A noção de que as pessoas deveriam tolerar a impalatabilidade do farelo e seus efeitos colaterais desagradáveis porque ele vai evitar doenças... é fundada em evidências frágeis".
Aqui está uma consideração. Farelo e outras fibras cereais tornam as fezes pouco densas e macias – e já se mostrou que isso aumenta o risco de câncer de cólon [2].
A resposta está em evitar os farelos cereais e comer as comidas certas, ricas em fibras: vegetais folhosos, tais como brócolis, couve-flor, aipo e alface.
Referências
- Janes SEJ, Meagher A, Frizelle FA. Management of diverticulitis. BMJ 2006; 332: 271-275
- Kelsay JL. A review of research on effect of fibre intake on man. Am J Clin Nutr 1978; 31: 142.
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