Artigo traduzido por Hilton Sousa. O original está aqui.
Maio de 2014, Vol. 46, No. 3 , Páginas 182-187 (doi:10.3109/07853890.2014.894286)
Divisão de Medicina Cardiovascular, Departamento de Ciências Médicas e da Saúde, Faculdade de Ciência da Sapude, Universidade de Linköping, Suécia
Correspondência: Lena Jonasson, Division of Cardiovascular Medicine, Department of Medical and Health Sciences, Faculty of Health Sciences, Linköping University,
SE-58185 Linköping, Sweden. Fax: + 46(0)13 149 106. E-mail: [email protected]
Resumo
Histórico: Inflamação pode ter um papel importante na diabetes tipo 2. Já foi proposto que estratégias dietárias podem modular a atividade inflamatória.
Métodos: Nós investigamos os efeitos da dieta sobre a inflamção na diabetes tipo 2, comparando uma dieta pobre em gordura (LFD) com uma dieta pobre em carboidratos (LCD). Pacientes com diabetes tipo 2 foram randomizados para seguir LFD (com 55-60% da energia vinda de carboidratos (n=30)) ou LCD (com 20% da energia vinda de carboidratos (n=29)). Plasma foi coletado no início do estudo e após 6 meses. Proteína C-reativa (CRP), receptor antagonista de interleucina-1 (IL-1Ra), IL-6, receptor de fator de necrose tumoral (TNFR)
Resultados: tanto LFD quanto LCD levaram a reduções similares no peso corporal, enquanto efeitos benéficos do controle glicêmico foram observados apenas no grupo LCD. Após 6 meses, os níveis de IL-1Ra e IL-6 foram significativamente menores no grupo LCD que no grupo LFD, 978 (664-1385) versus 1216 (974-1822) pg/mL e 2.15 (1.65-4.27) versus 3.39 (2.25-4.79) pg/mL, ambos com P < 0.05.
Conclusões: Em resumo, o aconselhamento para seguir LCD ou LFD teve efeitos similares na redução de peso, enquanto os efeitos sobre a inflamação diferiram. Apenas LCD mostrou melhora significativa no estado de inflamação subclínico na diabetes tipo 2.