Lowcarb é para você?

por Teco Mendes

Hello, friends!

Obrigado ao Hilton pelo convite para fazer um guest post aqui para vocês. Eu sou o Teco Mendes, coach membro da Sociedade Brasileira de Coaching, Primal Health Coach e graduando em psicanálise clínica.

Recentemente foi publicado mais um estudo comparando dieta baixa em gordura com dieta com menos carboidratos mostrando uma eficiência equivalente em total de peso perdido. Você que é antenado no mundo de dietas e estilo de vida deve ter ouvido falar. Veja o estudo aqui.

Ambos os lados dos que defendem esses dois tipos de abordagem nutricional ficaram em polvorosa igual jogo de de futebol como sempre ficaram, então nem adianta entrar na parte técnica do estudo. Ué, mas não é ciência? Não é só verificar o resultado dos estudos e dar o veredito? Nunca foi nem nunca será assim... 

Principalmente quando é um assunto complexo como nutrição. Já cheguei até a fazer um post no meu blog, sendopaleo.com, sobre isso. Não dá para colocar 10.000 pessoas em uma casa tipo um BBB por 10 anos para acompanhar com precisão os hábitos alimentares e poder colher dados. Por isso que instituições como a OMS chegam a emitir orientações baseadas em pesquisas observacionais de questionário. E se tem gente que defende (seriamente) que a terra é plana, que o homem não foi a lua etc, imagina quando a "ciência" se depara com termos como dieta da moda, lobby da indústria alimentícia, briga de egos, lipofobia, pirâmide alimentar do Ancel Keys, etc.

Poderíamos falar de vários pontos como a quantidade de carboidratos que foi considerada lowcarb e a quantidade de gordura que foi considerada lowfat, que emagrecimento é apenas um aspecto de uma alimentação, que tem outros como saúde de forma geral e... adesão. Para mim este é o ponto mais importante de qualquer dieta. Um fator importante deste estudo foi que ambas as dietas foram sem açúcar e farinha. 

Não era para encaixar qualquer comida nos macronutrientes definidos como eu fazia quando fiz dieta Atkins nos anos 90. Eu ia ao McDonalds e comia um Big Mac com Coca Diet (ainda não existia Coca Zero) e considerava no total de carboidratos do dia os 35g do sanduíche. 

No estudo em questão, foram dietas sem processados. Me parece bem bacana esses dois lados da moeda. Uma dieta com baixa gordura – mas não tão baixa assim tipo zero gordura – e outra com menos carboidratos – e nem tão baixos assim tipo zero carboidratos (bem longe disso).

Agora, você já fez alguma dieta assim com seu nutricionista? Limpa, com alto ou baixo carbos (já que tem resultados iguais de acordo com o estudo em termos de emagrecimento) e ainda com um dia livre ou refeição do lixo ou algumas exceções para ter maior aderência? Por que muitas pessoas vão ao nutricionista e não voltam no retorno? Quando dou palestra ao vivo eu pergunto isso para a plateia. Quem já foi ao Nutricionista? Todos. Quem já deixou de voltar no retorno porque não seguiu a dieta?Todos também.

Você não é uma máquina que será programada com a dieta ideal e está com o problema resolvido. A alimentação faz parte de nossas vidas formando hábitos, rotinas, associações mentais com eventos (pipoca no cinema, bolo no seu aniversário, pudim da avó no Natal etc), vício físico por açúcar e processados, pertencer a grupos sociais e não se sentir excluído, fuga do estresse e ansiedade do dia a dia (como um dia difícil ou briga com namorado(a)), rótulos e crenças limitantes de que é fraco perante certos tipos de comida, etc.. É aí que está o verdadeiro problema. 

Achar que só porque está com uma boa dieta na mão e está tudo resolvido é o mesmo que achar que entregar uma lista de bebidas sem álcool a um alcoólatra e falar "Pronto! Só beba dessa lista" resolve o problema do alcoolismo. E é importante também entender que não estou falando apenas sobre obesos mórbidos. Se você está infeliz, se não controla o que entra na sua boca, se come muito e depois quer compensar com ginástica e/ou jejum, se até está no peso ideal mas sua autoestima (ou sua saúde) não está ideal... é problema também! 

Já tive várias pessoas nos meus programas de coaching que não precisavam emagrecer, mas era uma briga diária para não engordar! É emagrecer de dentro para fora. Arrumar na origem. O problema não é estar acima do peso porque spa, tarja preta, excesso de motivação (que não dura), shakes, virar náufrago em uma ilha deserta e etc. nunca são solução definitiva – e você já deve ter tentado isso. Bem, talvez não a ilha deserta.

Estou dizendo então que a dieta em si pouco importa? Não estou e não ficarei em cima do muro! Principalmente para quem tem relacionamento ruim com comida, a dieta lowcarb e de preferência a cetogênica é a que dá mais adesão, como percebi na prática. Este é o primeiro capítulo do meu segundo livro Pare de gostar do que te faz mal 2. Eu falo nas diferenças de opiniões dos grandes autores da lowcarb, diferenças de conceitos e suas implicações. Mas use como uma ferramenta! Mesmo que não tenha intenção de praticar lowcarb cetogênica, ou uma outra dieta restrita em algo para sempre, use enquanto cuida de outros fatores da sua relação com a comida para o emagrecimento definitivo – e aí deixe a versão magra e feliz que mora no futuro decidir o quão lowcarb você quer ser. Afinal, com estudos comparando a eficiência de uma ou outra, já vemos que não se discute mais se ela faz mal ou não. Porque faz bem! Muito bem!

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Abraços,
Teco

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