“Você é um candidato certo para a bariátrica”

A minha história começa aos treze anos de idade, que é quando começo a engordar. A vaidade de adolescente me iniciou nos processos de dieta para “perder peso”/engordar/perder peso. O tempo não pára, e foi avançando – cumprindo assim a sua missão. Aos 36 anos o cardiologista que me tratava, Dr. Celso, solicitou um exame de curva glicêmica e com o resultado em suas mãos me avisou assim, e com todas essas letras: 

Cuuiidado ! Se você não se cuidar, aos 50 anos você estará diabético. 

Palavra que eu não consigo esquecer até hoje, mas que na época confesso não ter ligado muito – uma vez que eu já iniciava nos remédios de pressão, porém com a consciência bem enfrascada. Ao realizar uma ultrasonografia ela acusou “esteatose”, algo para o qual nenhum dos diversos médicos que fui me chamou a atenção para a seriedade do fato; senão para me dizer que era por causa de umas cervejas que naquela época eu bebia, e bastante. O médico da ultrasonografia, me lembro, disse: "Hum, fígado gordo!" E só. E assim aos 50 anos realizou-se a profecia do Dr. Celso: Diabético. 

Inicia-se então a minha cruzada com os remédios aumentando a dosagem e tratamento irregular até o dia 15.2.16 – data essa em que eu já tinha assistido o vídeo do Dr. Souto, e começado a me adaptar ao café sem açúcar e queijo tipo Minas. Isso durou 10 dias, até 25.2.16, quando me atirei de cabeça na largada para o sucesso. Pensei: entrei nessa e não foi para perder. Eu vou conseguir. 

Sabe, Hilton, as coisas para mim são do tipo: “Se é para ir vamos junto. Senão, já não estou mais aqui”. Chamam-me de radical, mas não fosse isso eu não teria chegado onde cheguei, 33kg emagrecidos em 7 meses e sem remédio algum até hoje. Nesses 7 meses conheci muitos bons profissionais, um dos quais é você que muito tem me ajudado tanto com suas orientações, quanto facilitando a divulgação das minhas idéias. 

Quando o 1º endócrino me recomendou mais um remedinho, de acordo com um simples mapa que consta na tela do seu PC, eu pulei fora dele por 3 anos somente retornando em abril deste ano. O meu gastro já preocupado com a minha hemoglobina glicada, me indicou um outro endócrino. Chegando ao consultório indicado a 1ª palavra que eu ouvi dele foi – e vai vendo, hein?  – “Você é um candidato certo para a bariátrica” (ele já tem um cirurgião geral certo para indicar seus ansiosos pacientes). 

Eu retruquei dizendo: Pode parar e vamos tratar da dieta, e ele logo trocou o Meritor de 1/1000 para 2/1000. Muito fácil ! Fiquei com ele pelos 3 anos em que me mantive afastado do 1º, até que retornei no mês de abril/2016, já dentro da low-carb/paleo, e lhe falei que não tomaria mais remédio. Mostrei a ele um mapa (eu tenho mapeados todos os resultados das minhas medições) e disse-lhe ainda que havia “banido” de minha vida o trigo, açúcar, soja, adoçantes, leite e margarina. Ele me olhou espantado, viu os exames, e mediu a PA: 12x8. 

Voltei lá em junho/2016, e quando viu os novos resultados, marcou a consulta para outubro próximo (2016). Eu questionei: Só para outubro, doutor? Nós estamos em junho? Ele me olhou muito calmamente e disse, tocando levemente no meu ombro: 

"Do jeito que você está indo, retirou todo o carboidrato, toda fonte de energia, para que eu vou lhe receitar algum remédio para você se intoxicar ?"

E me liberou para retorno em outubro/2016, quando levarei novos exames. 

E disso eu não saio, não me traio, pois não retornarei aos remédios. Hoje caminho junto com a esposa 10 voltas de 215m, o suficiente para me exercitar, e já vou ingressar na natação. Uma coisa que descobri em mim, diabético, é que eu mentia – isto é, me enganava mascarando que tinha a glicose um pouco alta. Difícil é aquele que se declara mais abertamente. Creio que seja pela dificuldade em aceitar a doença. Quando sabatino alguém se ele é diabético, eu noto que chega até a gaguejar. A minha luta com os diabéticos é na tentativa – e eu sei que não é fácil – de lhes ativar a consciência o mais rápido que puder, e assim evitar chegarem onde cheguei nesse mal. E já consegui salvar dois nessa minha luta. 

Grande abraço, Hilton, e muito obrigado !


Abaixo está a carta que enviei ao Dr. Souto 30 dias após ter-me iniciado nesse novo estilo de vida.

25.3.2016 

Prezado Dr. José Carlos Souto, bom dia! 

Primeiramente, receba os meus verdadeiros parabéns pelo seu indizível trabalho. 

Permita-me descrever a minha senda com relação à perda de peso. Luto há anos com esse chamado efeito sanfona. Sou um buscador na internet, tenho 65 anos e caminho muito otimista para chegar aos 66 anos em maio de 2016, com a presença de diabetes (nem tão alta assim) já há 15 anos. 

Porém, diabetes é diabetes, e eu durante esse tempo, 15 anos, hipertenso, fiz uso contínuo do remédio para PA. Há algum tempo assisti a um vídeo de um médico, cujo nome agora me falta, presidente de uma Fundação na Alemanha, e que naquele vídeo ele solicitava publicamente à Chanceler Alemã, Sra. Angela Merkel, que banisse o trigo de lá, face aos seus malefícios. Assisti, também, ao vídeo de um médico nutrólogo, Dr. Julian Yin, esclarecendo sobre os problemas provenientes do trigo. E mais à frente alguém publicou no Facebook o trecho de um vídeo seu que também esclarece sobre os malefícios do trigo, e sobre os US$ 30 bilhões anuais relativos a remédios. 

Lembrando de seu nome e imagem, encontrei no YouTube um vídeo “VideoCast #002 - Como Começar HOJE a emagrecer e viver melhor”, do EmagrecerDeVez. Nele, também, o Rodrigo, a Sra. Polyana e o Geosh. Com esse nome sugestivo comecei a assistir, e para minha alegria encontrei aquela matéria do Facebook aos 33 minutos desse vídeo. 

Então, a partir do dia 25.2.2016, dediquei sincero combate ao trigo, F.A.M.P (Farinhas, Açúcares, Massas e Pães), descontinuei o remédio de pressão, assisti ao vídeo por completo, me cadastrei e hoje recebo as informações do Rodrigo Polesso. 

Cadastrei-me também em seu blog, já li várias de suas publicações e as participações/comentários dos seus seguidores. Assisti ao vídeo do Dr. William Davis sobre a "Barriga de Trigo", adquiri o livro dele, li sobre a entrevista do Fat Head com o Dr. William Davis no blog do Luis Nassif On Line, e comecei para valer acreditando na viabilidade da dieta low-carb. 

Bani o lixo, o trigo e o açúcar com todos os seus afluentes, o pão líquido também, e enveredei pela comida de verdade low-carb. Resultado, emagreci 9 kg nesses 30 dias (em 25.3.2016) sem pressa e sem sofrimento. O moral está cada vez mais pleno, as dores nas articulações dos joelhos, diminuíram bastante, a minha pressão arterial se normalizou entre 11x7 e 12x8 sem o uso de medicamento, e eu afiro diariamente após o café-da-manhã, almoço, e à noite. 

Doravante estarei mais orante e vigilante em relação aos níveis de glicose. Finalizando, escolho lhe dedicar autêntica gratidão pelos benefícios por mim conquistados graças às suas orientações, e por todos aqueles a quem o senhor tem tanto ajudado, até mesmo sem ser do seu conhecimento. Fique em Paz, não a paz desse mundo Maya, mas a Paz que está muito além de qualquer entendimento.

Para encerrar, um diálogo entre o endocrinologista e eu no dia 10/10/2016. Levo os meus exames para a sua apreciação em uma consulta, e após ele examinar o que estava escrito em seu PC que informava que o paciente decidiu, por livre arbítrio, a partir de 02/16, não fazer mais uso de qualquer medicamento, e ao observar a trajetória que a glicose percorreu pelo corpo desse universo obstinado desde os dias 02/04 e 01/10/16 ele me olhou fixamente nos olhos e disse:

É, diabetes tem cura. Diabetes tipo 2 tem cura. Você está curado. Seus exames todos normais. Frutosamina e creatinina dentro dos parâmetros, hepatograma está todo normal. Procure um templo para você dar o seu depoimento para ajudar outras pessoas. Existe um grupo de orientação aos diabéticos lá no HUAP (Hospital Universitário Antônio Pedro). Você está protegido.

Eu lhe disse: Sem dúvida, doutor, estou, porque a parede que me protege é mais forte do que as altas muralhas do labirinto do nada, a cultura corporativa. Diabetes é uma doença nutricional. Ele completou dizendo: Nutricional e comportamental. Pelo resultado dos exames ele dispensou ver todas essas medições que eu havia registrado até o dia da consulta.

No diálogo eu lhe disse: Eu não saio mais desse caminho, doutor, e não vou voltar para o remédio. Bani o trigo, o açúcar, a soja, os adoçantes, o leite e a margarina, de vez. Ele me sugeriu subir à balança e conferiu os 34 kg emagrecidos. Eu lhe disse que tinha ganhado a minha carta de alforria, e que me libertara do centro da teia da aranha. Ele me respondeu: Na verdade a sua liberdade foi conquistada devido à sua mudança no estilo de vida que você resolveu adotar, juntamente com os exercícios de forma moderada.

Eu lhe indaguei que estava procurando saber como fazer para diminuir essa “Hemoglobina Glicada”. Ele respondeu: "VÁ VIVER A VIDA. Nesse patamar você ainda vive duas vidas". Então eu lhe disse que me cansei de toda essa manipulação escravagista e “impiedosa da cultura corporativa”. Ele acenou como positiva e levemente inclinou com a cabeça. Então, eu disse a ele conhecia uma frase que havia aprendido com o Prof. Couto, de biologia, em 1967, no curso científico, uma espécie de mantra, e que essa frase me mantinha firme na rota permitindo sempre corrigir uma possível deriva. São os 12 pares de Nervos Cranianos (ao pessoal da Nutrição, etc...): Olha (ÓTICO) - O (OLFATIVO) - Malvado (MOTOR OCULAR COMUM) - Para (PATÉTICO) - Tanto (TRIGÊMEOS) - Mal (MOTOR OCULAR EXTERNO) - Fazer (FACIAL) - A (ACÚSTICO) - Gente (GLOSSOFARINGE) – Precisa (PNEUMOGÁSTRICO) – Ser (ESPINHAL) – Hipócrita (HIPOGLOSSO).

Disse-lhe, ainda, que “Tudo que preciso saber me será revelado”. Quase ao fim da consulta eu lhe disse que procuraria o HUAP para ajudar a quem precisa mais, uma vez que raramente agradecemos pelo milagre que é o nosso corpo. O nosso futuro fica abençoado quando agradecemos o que temos agora. A gratidão abre caminho para que o bem entre em nós, e cresça sempre mais. Ele, em silêncio, novamente me fixou nos olhos, aí nos cumprimentamos e nos despedimos, e marcou a próxima consulta para o final de fevereiro/2017. A partir desta semana eu retorno àquilo que a “Vida” sempre guardou para mim: O “Voluntariado”. Muito Obrigado, e assim está feito !

Sinceramente, Frank.




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