Sexta-Feira de Reflexão: Desabafo sobre a Medicina Moderna
Artigo traduzido por Décio Gazzoni. O original está aqui.
por Amy Berger
Prova surpresa:
O fracasso de instituições como a Associação Americana de Diabetes, Associação Americana do Coração, e Associação Médica Americana, não apenas de confirmar a inegável eficácia da restrição de carboidratos para uma série de complicações crônicas de saúde, mas também de fazer o que deveriam estar fazendo – que seria de anunciar aos quatro ventos a respeito desta eficácia, muito mais do que qualquer blogueiro, e incentivar as pessoas a experimentar esta estratégia – é o resultado de:
O fracasso de instituições como a Associação Americana de Diabetes, Associação Americana do Coração, e Associação Médica Americana, não apenas de confirmar a inegável eficácia da restrição de carboidratos para uma série de complicações crônicas de saúde, mas também de fazer o que deveriam estar fazendo – que seria de anunciar aos quatro ventos a respeito desta eficácia, muito mais do que qualquer blogueiro, e incentivar as pessoas a experimentar esta estratégia – é o resultado de:
A) Estupidez
B) Ignorância proposital
C) Conspiração
D) Narcisismo
E) Negligência
F) Todos os itens acima
Pois é. Dá pra sentir o tom do desabafo de hoje.
1.
Eu sou uma garota bem equilibrada. (Ou pelo menos acho que sou). Faço o meu melhor para evitar a troca de ofensas, manchetes sensacionalistas, e o pensamento em preto-e-branco aqui no blog. Talvez seja ingenuidade minha, mas em geral não acredito em teorias da conspiração. Como geralmente não guardo rancor de ninguém (com exceções, é claro... todos temos algumas), é difícil para mim acreditar que outras pessoas não se sintam da mesma forma. A possibilidade de que alguém poderia propositadamente esconder informações úteis de outra pessoa, ou guiá-la na direção oposta – atitudes que podem causar sérios danos à saúde, é algo que eu tenho dificuldade de compreender.
Isto é verdade especialmente quando informações úteis – não apenas úteis, mas potencialmente capazes de salvar vidas – são retidas em uma situação médica. Afinal, médicos existem para ajudar as pessoas, certo? Tudo bem, existem algumas maçãs podres que cursam medicina com a única intenção de ganhar dinheiro (ou para agradar seus pais exigentes – “De acordo com a tradição judaica, o feto não é considerado viável até se formar na faculdade de medicina” – risadas), mas novamente, sendo a pessoa idealista que sou, penso que a maioria dos médicos, enfermeiros, dietistas e nutricionistas escolhem sua respectiva profissão para ajudar as pessoas a melhorarem se elas se machucam ou ficam doentes, ou para ajudar as pessoas a continuarem bem se já estiverem saudáveis. Então, assumindo que isto seja verdade – que a maioria dos profissionais de saúde (que considerarei como sendo toda a gama de profissões – médicos, naturopatas, quiropratas, osteopatas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos assistentes, dietistas, nutricionistas e pagés) colocam os interesses de seus pacientes e clientes em primeiro lugar, eu reafirmo: é praticamente impossível para mim, entender por que algum tipo de modificação na dieta e estilo de vida, tendendo na direção de Paleo, Primal, baixo carboidrato, cetogênico, ou geralmente “saúde ancestral”, não é apresentada como a primeira intervenção de todas, ao invés de como é tipicamente apresentada: ou como um último recurso após todos os métodos convencionais falharem, ou nem mesmo como um último recurso, mas como algo que os profissionais de saúde advertem as pessoas para não tentar.
Vinte anos atrás, eu poderia entender isto. (Talvez.) Mas agora? Quando temos histórias atrás de histórias atrás de histórias (atrás de histórias!) de pessoas com doenças “crônicas e progressivas”, obesidade mórbida, tomando um monte de remédios, que estavam quase completamente debilitadas, e que deram a volta por cima de uma forma que pode ser verdadeiramente chamada de milagrosa?
Milagrosa, na verdade, apenas para as pessoas que desconhecem completamente as reversões metabólicas impressionantes que podem ocorrer mediante redução de carboidratos na dieta, controle dos níveis de insulina, e dar uma aliviada nos “óleos vegetais.” Porque veja, para quem entende estes efeitos, eles não são impressionantes. Eles não são nem um pouco surpreendentes. Não passam de noções básicas de fisiologia e bioquímica. É o tipo de coisa que não exige um diploma em medicina para descobrir. Pessoas leigas, sem treinamento médico, podem muito descobrir estas coisas por conta própria. Um diabético, de posse de um simples glucosímetro de farmácia, pode descobrir que se quiser evitar picos gigantescos de açúcar no sangue (e, presumivelmente, insulina), grãos e amidos densos devem ser retirados do cardápio.
Como prova: reproduzido aqui, com permissão de Steve Cooksey, o “Guerreiro da Diabetes”. Ele expressou isso de forma mais poderosa (e sucinta) do que eu seria capaz:
Eu não sou médico nem nutricionista. Na prática, tenho ZERO treinamento na área médica e NENHUM treinamento como nutricionista. Entretanto, eu sou um ex-obeso, diabético ex-dependente de medicamentos e insulina que usava essas substâncias... apenas para sobreviver. Seguindo a minha própria "dieta para diabetes" (apoiada em pesquisa científica) eu perdi 35kg e tenho glicemia normal de um não-diabético, tudo isso permanecendo livre de insulina e medicamentos. Tudo isso foi obtido com dieta e exercícios, sem a necessidade de cirurgia bariátrica, loções especiais ou pílulas. Se eu pude desvendar isso, por que é que a indústria médica não consegue ? Ganância ? Preguiça intelectual ? Ignorância proposital ?
Quantas destas “anedotas” é preciso juntar até atingir uma massa crítica? Eu sei que histórias pessoais não são e nunca serão dados. Mas será que alguém não deveria começar a prestar atenção? Quantas milhares de anedotas tem que ser acumuladas antes que se tornem “ane-dados”?
Como muitos de nós sabem, existe um volume abundante (e crescente) de literatura científica validando a eficácia de dietas Paleo e de baixo carboidrato. E não se trata de magia negra ou conceitos nebulosos além da nossa compreensão. Nós compreendemos os mecanismos. Eles fazem sentido. Em termos dos princípios mais básicos, mais fundamentais de como funciona o corpo humano, eles Simplesmente. Fazem. Sentido.
Então por que é que os profissionais da saúde tem tamanha aversão a entender o que qualquer garoto do ensino médio, armado com um livro de bioquímica, pode enxergar tão claramente? Afinal, estas pessoas não são imbecis. A pessoa mais burra que tem o direito de ser chamada de médico ainda é inteligente pra caramba. (Ou talvez eles só sejam bons de decorecba, o que não é a mesma coisa). Por que a lógica e o bom senso caem completamente por terra na hora de praticar medicina?
OK, sim, médicos recebem agrados são influenciados pelas empresas farmacêuticas. Em muitos casos, são comprados mesmo. Eu sei. Eu entendo.
Mas ainda assim.
Fatos são fatos. O metabolismo humano é o metabolismo humano. O fígado é o fígado; o pâncreas é o pâncreas. Enquanto certas coisas podem estar abertas a uma enorme e variada interpretação, em última instância, fatos são fatos.
2.
Devo confessar: eu sou uma nutricionista terrível.
Não, sério, é verdade. Não estou só dizendo isso. Se qualquer de vocês clicasse na minha aba “Serviços” nos últimos meses, terão observado que eu temporariamente desativei meu negócio. Fechei as portas. (E a esta altura, não tenho certeza se é só temporário).
Por que?
Bem, você poderia pensar, após ler minhas postagens no blog, que eu tenho um pouquinho de noção do que estou falando. Acredito que sou uma boa escritora, e que uma das minhas maiores habilidades é traduzir o jargão médico-científico incompreensível para uma linguagem clara, para que todos nós possamos entender coisas que no fundo são bastante complexas a respeito do corpo humano. (Baseado no que as pessoas me dizem a respeito do blog, é isso que agrada vocês, caros leitores, na minha escrita. Além do meu sarcasmo e humor irônico. Eu amo vocês também!) Mas eu posso garantir que, a despeito de qualquer conhecimento que minhas postagens mais populares façam aparentar que eu tenho, minha carreira como nutricionista, em consultas individuais com pacientes, não passa de uma longa série de fracassos, sem ser interrompida por um único caso de sucesso que seja. Então, embora possa parecer que eu tenha uma capacidade medíocre de compreender o básico do metabolismo humano, e de transmitir esta informação aos outros pela minha escrita, na hora de ajudar as pessoas a aplicar este conhecimento para atingir os resultados que elas buscam, eu estou a um passo de ser sou completamente incompetente.
Por que estou dizendo isso para você? Por que faço propaganda do fato que, como nutricionista, eu sou um completo fracasso?
Algo que eu nunca deixo faltar é sinceridade. Eu digo quando as coisas estão indo muito bem, e eu digo quando as coisas quando as coisas não estão indo tão bem. Então, nesta que talvez seja minha maior demonstração de honestidade até hoje no blog (até maior que esta aqui), permita-me compartilhar com vocês o pensamento que vem à minha cabeça quando eu recebo um email de contato inicial de um novo cliente em potencial: “Oba, mais alguém para fracassar nas minhas mãos”.
Será culpa minha? Será culpa deles? Será Saturno em ascensão em Aquário? Provavelmente os três. (O último é só brincadeira. São os dois primeiros). Eu vou, na verdade, reabrir meu negócio em breve, e mudarei completamente minha abordagem. Eu me encontrei com alguns mentores para saber como posso ajudar as pessoas a ter sucesso, e estou ansiosa para que tanto eles como eu nos sintam melhores a respeito disso tudo.
Mas estou fugindo do ponto. O motivo para estar contando todas estas coisas horrorosas a meu respeito, é porque a forma como me sinto sobre minha própria carreira torna impossível compreender como esses médicos conseguem dormir à noite. Quando os profissionais de saúde têm uma fila interminável de pacientes que nunca melhoram, que só pioram e pioram, que precisam tomar mais e mais remédios, por que eles nunca se sentem um fracasso? Será que eles apenas assumem que os pacientes ou não estão seguindo “ordens médicas”, são preguiçosos e/ou burros, ou que suas doenças realmente são TÃO TERRÍVEIS, e TÃO PERMANENTES e irreversíveis, que realmente não importa o que um médico diga ou faça, porque o paciente só vai ficar pior e pior de qualquer maneira?
Será que é assim que essas pessoas dormem à noite? Eximindo-se de toda e qualquer responsabilidade pelos desfechos de seus pacientes? Será que é porque elas nunca ponderam se, talvez, o que todos os seus pacientes que estão cada vez mais doentes têm em comum é o médico deles?
OK, é verdade que alguns médicos tem um “complexo de Deus”, e acreditam piamente que são infalíveis e inquestionáveis sob qualquer aspecto. Mas nem todos os médicos são tão desprezíveis e arrogantes. Por que é que muitos deles nunca questionam seus métodos? Por que tão poucos deles param para pensar se talvez o problema é com eles? Seus métodos que estão fracassando? Suas intervenções que são inúteis (ou pior, prejudiciais)? Acho que é neste ponto que estou errando como nutricionista: quando meus clientes não atingem os resultados esperados, eu assumo, toda vez, que a culpa é minha. Certo ou errado, eu assumo responsabilidade pessoal por isso, chegando ao ponto de me convencer que eu não tenho direito nenhum de ser uma nutricionista. (Porém, está tudo bem. No llores por mi, Argentina. Veja a nota ao final desta postagem).
Quanto aos médicos, eu nem posso imaginar como deve ser desanimador ver paciente atrás de paciente – o pai de alguém, a mãe de alguém, a irmã de alguém, o filho de alguém – ficar mais e mais doente, tomar mais e mais remédios, e ficar mais e mais debilitado e indisposto – muitas vezes ao fazer exatamente o que os médicos mandam eles fazerem. As pessoas seguem os seus conselhos, e apesar disso ficam mais doentes e mais debilitadas. Será que isto soa como uma profissão divertida, recompensadora, gratificante, inspiradora para se trabalhar dia sim e dia também? (Não é à toa que eles passam o máximo de tempo possível no campo de golfe!) Isto deve ser especialmente ruim considerando que os médicos fizeram um juramento de “não fazer o mal”. De fato, eles provavelmente não pensam que estão fazendo o mal – pelo menos, não de propósito. Mas a total e absoluta falta de melhoras nas pessoas sugere que eles não estão fazendo tanto bem assim também.
Mas quem sabe eles simplesmente evitam pensar a respeito. É muito mais fácil enterrar a cabeça na areia, e algumas outras frases que a grosso modo significam “ignore os fatos incômodos e siga fazendo as coisas como de costume, evitando uma incapacitante dissonância cognitiva pelo tempo que for necessário para pagar as suas dívidas da faculdade de medicina.”
Sua hemoglobina glicada baixou
de 10,2 para 5,3? ME DIGA
COMO, ME DIGA COMO,
ME DIGA COMO!!!
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- “Doutor, sabe, eu parei de comer trigo há alguns meses e eu perdi 20 quilos”.
- “Eu parei de comer laticínios, e minha síndrome do intestino irritável desapareceu”.
- “Depois de 3 anos sem conseguir engravidar, eu desisti e resolvi me preocupar em dar um jeito na minha alimentação. Eu tentei a tal da dieta Paleo, e pra minha surpresa, já estou grávida de 2 meses”!
- “Doutor, eu comecei a fazer a dieta Atkins, e acho que preciso reduzir ou mesmo zerar minha dose de insulina, porque quando eu testo minha glicose agora, às vezes está até meio baixa demais”.
... Eles não deveriam apenar sorrir e acenar de forma paternalista. ELES DEVERIAM SER OS MAIS INTERESSADOS em saber como isso aconteceu, porque eles têm melhores condições de ajudar os outros. Ao invés de fazer pouco caso como “uma daquelas coisas esquisitas que acontecem de vez em quando”, eles deveriam estar dizendo “MINHA NOSSA! Eu tenho uma centena de outros pacientes exatamente como você: obesos, diabéticos, artríticos, inférteis, com acne e fatiga crônica. COMO É QUE VOCÊ CONSEGUIU FAZER O QUE VOCÊ FEZ? CONTE-ME TINTIM POR TINTIM PARA QUE EU POSSA CONTAR PARA TODO MUNDO. Na verdade, permita-me organizar uma palestra, para que você mesmo possa contar para eles. Traga algumas fotos de como você era antes, se tiver. Eu vou imprimir todos os seus exames para que a gente possa mostrar para todo mundo o quanto você progrediu. Melhor ainda, vou convidar alguns dos meus colegas para que eles possam aprender também”!
3.
OK. Foi uma bela excursão pela terra da fantasia, não foi? De volta ao mundo real. Obviamente, um dos maiores motivos que os médicos têm dificuldades em acreditar nessas transformações “milagrosas” é porque, claro, elas são raras. Aqueles de nós que estão imersos no mundo low-carb/paleo/primal/WAPF possuem uma visão distorcida da área da saúde e nutrição. Eu e você podemos pensar que isso tudo é “normal” e totalmente natural. É fácil pensar isso quando todo blog, site, artigo científico e conta do Twitter que nós lemos nos mantém cercados na nossa confortável bolha de comida de verdade. Mas no mundo lá fora, este tipo de coisa é praticamente desconhecida. A imensa maioria dos profissionais de saúde ainda estão exaltando as virtudes dos grãos-integrais-saudáveis e condenando gorduras-saturadas-entupidoras-de-artérias ao nono círculo do inferno. A principal mensagem propagada sobre perda de peso e melhora da saúde ainda é “coma menos e se exercite mais”, a despeito de décadas atrás de décadas de total e repetido fracasso desta recomendação.
E quando os pacientes seguem esta recomendação – e tomam uma penca de remédios revolucionários – e ainda assim veem sua saúde continuar a piorar, talvez seja o mais lógico para os médicos concluir que doença cardiovascular, diabetes tipo 2, artrite reumatoide, esclerose múltipla e outras são progressivas e irreversíveis. Afinal, eles quase nunca testemunham uma reversão. (E na rara ocasião em testemunham isso ocorrendo, é porque alguém fez uma coisa totalmente maluca, tipo eliminar grãos e óleo de milho da sua dieta, mas todo mundo sabe que grãos e óleos vegetais são bons para a saúde, então não é possível que exista alguma ligação). Então ou estas doenças realmente são sentenças de morte, ou talvez os pacientes só estejam mentindo. Todos eles. Mentirosos loroteiros. Talvez aquele paciente com doença cardiovascular não esteja comendo margarina ao invés de manteiga, como sugeriu o médico. Talvez aquele diabético tipo 2 não esteja comendo uma tigela de cereal integral com pouca gordura e muita fibra, com leite desnatado, como o dietista e o “educador certificado de diabetes” recomendou. Ninguém nunca fica melhor porque ninguém nunca faz o que os profissionais mandam eles fazerem. Ninguém realmente quer mudar sua dieta. Todo mundo só quer um comprimido. Uma solução rápida. Absolutamente todos os pacientes. Eles querem tomar remédios. Eles querem injetar insulina três vezes ao dia. Aquele paciente obeso e diabético com doença coronária obviamente não está seguindo a “dieta saudável para o coração”, porque se ele estivesse, ele não estaria obeso, diabético e com doença coronariana.
Seriam as ligações entre a indústria farmacêutica tão fortes assim? Será que as grandes empresas do setor farmacêutico realmente conseguiram convencer os médicos – os quais, apesar das piadas e xingamentos que fazemos, realmente passam anos estudando anatomia, fisiologia e bioquímica – que enfermidades e doenças, causadas por fatores de alimentação e estilo de vida, não podem ser tratadas e revertidas pelo mesmo método? Por outro lado, infelizmente é pouco provável que os livros de medicina mencionem que doença de Alzheimer é diabetes tipo 3, ou que disfunções mitocondriais e estresse oxidativo desempenham enorme papel no mal de Parkinson, ou que insulina influencie muito mais na pressão sanguínea do que alimentos salgados.
Só o que eu sei é que isso precisa acabar. A falta de atenção dada à saúde ancestral e biologia evolucionária em faculdades de medicina e em toda a área da saúde é um absurdo. (Você pode ouvir Robb Wolf fazer um belo desabafo sobre isso neste podcast caso se interesse, ou ler a transcrição aqui. É um episódio longo, mas a parte pertinente é curta, e está entre os 15 e 20 minutos.
Felizmente, mais e mais leigos estão descobrindo estas coisas por conta própria. Diferente da minha mãe, eles não se contentam em apenas seguir ordens médicas enquanto continuam a se afundar cada vez mais num poço de degradação da saúde e esvaecimento de vitalidade. Eles estão tratando disso por conta própria, e estão observando melhoras na saúde que deveriam deixar, mas não deixam, os médicos, dietistas e nutricionistas completamente estupefatos. (O link é um clássico. Se você tiver tempo, dê uma passada pelos comentários e observe a Associação Americana de Diabetes [ADA] ser humilhada, graças a diabéticos tipo 1 [e alguns tipo 2] relatando como atingiram um controle exemplar da glicose no sangue fazendo o contrário do que é recomendado pela ADA em termos de dieta). As pessoas estão vivenciando curas maravilhosas e passando por transformações incríveis em sua saúde cardio-metabólica não por seguirem ordens médicas, por ignorá-las. Em muitos casos, as pessoas estão reconquistando sua saúde e vitalidade não por conta de recomendações médicas, mas a despeito delas.
Há esperança!
Felizmente também, existem médicos e nutricionistas que entenderam o recado. A lista cresce a cada dia, mas alguns que me vêm à cabeça imediatamente incluem Theodore Naiman, Rakesh “Rocky” Patel, Jeff Gerber, Jason Fung, David Ludwig, William Davis, Sarah Hallberg, Michael Eades, Aseem Malhotra, Malcolm Kendrick, Andreas Eenfeldt, Georgia Ede, David Perlmutter, Stephen Phinney, Eric Westman, Jeff Volek, Franziska Spritzler, Miriam Kalamian, e Beth Zupec-Kania. (Eu ia incluir links para cada um dos seus sites, mas você pode encontrá-los facilmente por conta própria). E o motivo que estes profissionais sabem tanto sobre dietas low-carb, Paleo/Primal e cetogênicas é porque eles fizeram a reflexão que mencionei aqui. Seja porque eles próprios ficaram doentes ou obesos, e as recomendações tradicionais não deram os resultados esperados, ou algo os fez finalmente parar e examinar por que tão poucos – se é que algum – de seus pacientes chegou a apresentar melhoras, eles começaram a questionar seus procedimentos-padrão. (Talvez, como eu, eles cansaram de se sentir fracassados em sua profissão. Eles são pessoas inteligentes. Pessoas dedicadas e trabalhadoras. Eles são bons médicos. Então por que ninguém nunca estava melhorando? Para sorte das milhares de pessoas que eles, em conjunto, ajudaram, eles também eram humildes e curiosos o suficiente para perceber que algo não estava certo. Imagine se todos os profissionais da saúde e nutrição apresentassem estas mesmas qualidades, hein?)
Como eu costumo fazer, deixo você com um link para uma postagem parecida com essa, mas escrita por uma pessoa bem mais sucinta do que eu teria capacidade de ser: É tudo CULPA MINHA! (por Tess Kissack Howell.)
P.S. Sim, eu sei muito bem que muitas pessoas só querem o remédio. A solução rápida temporária imprestável. Eu entendo que os médicos atendem pessoas, dia-sim-e-dia-também, que não vão cortar o refrigerante, ou desistir do seu café de manhã de cereal e bolinho. OK, tudo bem. Mas existem montes de outras pessoas que, se recebessem recomendações com alguma chance de realmente funcionar, ao invés da mesma porcaria de sempre sobre comer menos e se exercitar mais, que foi um fracasso para elas uma vez atrás da outra, então talvez, mas só talvez, elas estariam abertas a fazer algumas mudanças.
P.P.S. A respeito do meu negócio de nutrição: não se sinta mal por eu ter feito uma pausa. Quando eu reabrir, eu poderia e iria fazer as coisas de forma diferente? Sim. Se eu penso que estas mudanças vão ajudar meus clientes a obter melhores resultados? Sim. Mas eu também vou parar de me sentir pessoalmente responsável pelo fato de outra pessoa perder peso. (Ou se sente com mais energia, ou seja o que for). Embora eu possa orientar uma pessoa o máximo possível, e ajuda-las a ajustar e mudar as coisas conforme necessário, em última instância, só o que eu posso fazer é fornecer as informações mais precisas que eu tenho. Eu descobri que consultas individuais não são o meu forte. Isto não é uma falha de caráter, é apenas a mais pura verdade. Eu não nasci para isso. É preciso ter um certo temperamento e personalidade para incentivar e pegar na mão das pessoas, e eu não tenho isso. Mas sem problema. Aparentemente eu posso ser mais útil para as pessoas focando no meu forte: escrevendo, e talvez ensinando. (Eu gosto de dar palestras abertas ao público, e gostaria de começar a dar aulas em cursos superiores tecnológicos ou algo assim. Talvez algumas aulas de “aprendizagem ao longo da vida”, que não são um programa formal com um diploma, e eu poderia apenas passar alguns conceitos para as pessoas sobre anatomia e fisiologia básicas, coisas básicas sobre digestão e particionamento de macronutrientes... e soltar algumas “bombas de conhecimento” no meio do caminho). O que eu quero dizer, mesmo que inicialmente eu me sentisse como um enorme fracasso, eu fiquei em paz com isso. Eu posso participar da melhor forma desta indústria tirando proveito dos meus pontos fortes.
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