Uma jornada espiritual
Passei a vida lutando contra a balança e me achando gorda (independentemente de estar ou não acima do peso).
Sempre fui de comer muito.
A primeira vez que peso oscilou foi com 10/11 anos. Engordei do nada, um monte.
Fui a uma nutricionista tradicional e perdi o excesso, o que provavelmente se deveu ao fato de ter cortado os salgadinhos e bolachinhas.
Passei a adolescencia comendo que nem um animal, mas conseguia manter o peso com a quantidade incrivel de exercicio que eu fazia (jogava vôlei o dia todo, caminhava muito).
Entrei na faculdade, parei completamente de me exercitar (e continuei comendo absurdamente) e o estrago foi feito.
Engordei horrores, me viciei em carboidrato, virei compulsiva por doces. Um terror.
Depois de passar por um periodo de enclausuramento por causa dos estudos, comecei a retomar os exercios, a tentar controlar a alimentação, tudo de acordo com as premissas tradicionais.
Perdi alguns bons quilos e estava relativamente satisfeita com o meu peso. Eu já havia me convencido de que nunca seria magra, pois essa nao era a minha "constituição" (kkkkkkkk).
Apos ter tido a minha primeira filha, conheci o conceito de comida de verdade, o que por si só, já me fez emagrecer bastante – mas eu tinha que estar sempre alerta para não comer demais, nao exagerar.
Fui conhecer a LCHF pelo blog do Dr. Souto. E o resto é história. Descobri que o que eu precisava era SACIEDADE, o que eu consegui comendo GORDURA.
Já não comia industrializados, então foi fácil adotar a dieta.
Meses depois de ter tido meu segundo filho eu já estava mais magra do que antes de engravidar.
Foi uma revelação perceber que eu não precisaria controlar porções para emagrecer, que eu não precisaria de sacrifício, de sofrimento. Que eu simplesmente poderia (que sacrilégio!) comer até me sentir satisfeita.
Comecei a fazer musculação e passei a ver meu corpo mudar, em tempo real.
Perdia gordura corporal como se fosse tampa de caneta.
O fato de ter conseguido resultados tão impressionantes fazendo tudo aquilo que supostamente não deveria ser feito, me levou a uma jornada de questionamentos e de ressignificação em tudo na minha vida.
Voltei a escrever (coisa que eu havia abandonado na infância, sabe-se lá porque) e criei um blog para compartilhar minhas reflexões.
Virei rata de academia.
Passei a seguir o protocolo LeanGains, fazer carbnite e a ler compulsivamente sobre o tema.
Criei um perfil no instagram para dividir minhas refeições, meus treinos.
Cheguei a 18% de gordura corporal e pretendo baixar ainda mais.
Hoje já não saio da dieta quase nunca. Simplesmente não tenho vontade. Doces, bolos, pizzas, macarronadas, nada disso representa uma tentação pra mim.
Minha alimentação se baseia em carne, ovos, vegetais, queijo, nata, manteiga, nuts, quase nada de frutas. Não faco receitas paleo ou LCHF pois acho que instigam a minha antiga compulsão.
A questão da alimentação é algo resolvido pra mim. Não existe mais ansiedade. A minha dieta não depende de época do ano, de festas que eu eventualmente venha a ter, de jantares para os quais sou convidada. Eu tenho o controle total e absoluto sobre os alimentos que eu ingiro. Eu só saio da dieta quando me proponho a tanto. A comida não manda em mim.
Minha vida mudou completamente em todos os aspectos.
Sei que algumas pessoas me taxam de obssessiva, mas percebo que a maioria me admira. Só que me tratam como se eu fosse uma pessoa dotada de uma força de vontade sobre-humana para me manter na dieta estrita. Mas eu sempre faço questao de desmentir isso. Eu não sou especial, diferentona, nem nada disso.
Sou uma mulher comum, igual a todas as outras, que aprendeu a despertar a determinação, a persistência e a tenacidade que existem dentro de todas nós.
Eu sou a Vanja (Juju para os íntimos), mãe de dois e mulher de um, corpo e mente em constante evolução. O meu Instagram é @juju_lchf, e o meu blog é o Reflexões LCHF.
Se você quiser contar a sua história com paleo/LCHF, mande um email para mim com um texto e algumas fotos: [email protected]
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