Efeitos favoráveis de consumir uma dieta paleolítica sobre características da síndrome metabólica: um estudo-piloto, controlado e randomizado
Artigo traduzido por Hilton Sousa. O original está aqui.
Histórico
O principal objetivo deste teste-piloto randomizado simples-cego foi estudar se, independente da perda de peso, uma dieta em estilo paleolítico altera características da síndrome metabólica. A seguir, buscamos por variáveis de desfecho que pudessem ter sido favoravelmente influenciadas por uma dieta paleolítica e que possam fornecer vislumbres sobre os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à síndrome metabólica. Além disso, mais informação foi obtida sobre a factibilidade e projeto de um programa de pesquisa dietária com base na dieta paleolítica.
Métodos
34 sujeitos, com ao menos 2 características da síndrome metabólica, foram randomizados para por 2 semanas em uma dieta em estilo paleolítico (n=18) ou uma dieta saudável de referência, isoenergética, baseada nas diretrizes do Conselho Holandês de Saúde (n=14). 32 sujeitos completaram o estudo. Medidas foram tomadas para manter o peso corporal estável. Como resultados primários, a tolerância à glicose oral e características da síndrome metabólica (circunferência abdominal, pressão, glicemia e lipídeos) foram medidos. Resultados secundários foram a permeabilidade intestinal, inflamação e cortisol salivar. Os dados foram coletados no antes do ínicio e após o fim da intervenção.
Resultados
Os sujeitos eram homens e mulheres de 53.5 anos de idade (σ=9.7) (n=25) com IMC médio de 31.8kg/m2 (σ=5.7). Comparada à dieta de referência, a dieta em estilo paleolítico resultou em:
- menor pressão sistólica (-9.1mmHg; P= 0.015)
- menor pressão diastólica (-5.2mmHg; P= 0.038)
- menor colesterol total (-9.36mg/dL; P=0.037)
- menos triglicérides (-16,02mg/dL; P=0.001)
- maior colesterol HDL (+2.7mg/dL; P=0.013)
O número de características da síndrome metabólica diminuiu em 1.07 (P=0.01) com a dieta paleolítica, comparado à referência. Apesar de esforços para manter o peso corporal estável, ele foi reduzido no grupo da dieta paleolítica quando comparado com a referência (-1.32kg; P=0.012). Entretanto, os efeitos favoráveis permaneceram mesmo após o ajuste considerando a perda de peso não-intencional. Nenhuma mudança foi observada na permeabilidade intestinal, inflamação e cortisol salivar.
Conclusões
Concluímos que consumir uma dieta paleolítica por 2 semanas melhorou diversos fatores de risco cardiovascular, comparada à dieta saudável de referência, em sujeitos com síndrome metabólica.
Eita, que pena, nenhuma mudança na inflamação e permeabilidade.. Será que foi curto demais o período?
ResponderExcluirEita, que pena, nenhuma mudança na inflamação e permeabilidade.. Será que foi curto demais o período?
ResponderExcluir