Sono perfeito e pique de adolescente, nestas quase 43 primaveras quase completas

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Totalmente sedentário, beberrão e fumante de mais de 1 maço de Marlboro por dia, além de muitos quilos a mais adquiridos desde os 20 e poucos anos. Era assim até 6 anos atrás, até que, num belo sábado a noite, resolvi mudar.
Álcool já não consumia há 2 anos. Faltava o cigarro. Apaguei o e de lá pra cá nunca mais tive contato com este maldito parceiro que me acompanhou por mais de 22 anos. Mas o sobrepeso e o sedentarismo me tornavam irritado, mal-humorado e sem disposição pra nada. No dia que larguei o cigarro vi um anúncio na TV da Corrida Integração, de Campinas. Não sei de onde tirei aquilo mas falei para os presentes na sala (minha mãe e esposa) que iria correr aquela prova no ano seguinte.
Comecei minhas caminhadas junto com minha mãe, na pistinha estreita de um parque perto de casa. Descíamos antes das 6h da manhã e andávamos cerca de 2 ou 3 km, dependendo da disposição.
Ela acabou parando e eu continuei. Arriscava uns trotes de 20 ou 30 metros. Era como se meu pulmão buscasse o ar onde não tinha. Sem fôlego totalmente. Isso somado às dores nas pernas e pés. Insisti.
100 metros trotando. Uma vitória! Logo 250 metros, equivalente a uma volta no parque. E assim fui evoluindo. Mas queria mais. Busquei informações em revistas, sites e acabei encontrando na internet um treinador carioca, recém-chegado em Pira. Por acaso me treina até hoje: Rogério Cardoso, da Fit Labore.
Provas de 5, 10, 15, 21, 30… Mas o peso não descia muito. Tentei com tudo que é nutricionista e o máximo que eu perdia era tempo e dinheiro. Ah, e alguns poucos quilos, que logo retornavam.
Há quase 1 ano, depois de pesquisar bastante e conhecer vários casos de sucesso, comecei uma dieta diferente de tudo que já tinha feito e mesmo com olhares enviesados de nutricionistas e médicos, resolvi seguir em frente. Resolvi ser cobaia do que a maioria achava loucura. O nome da dieta? Paleo, numa versão low-carb.
Larguei por conta própria remédios para controle de colesterol e problemas gástricos e qual minha surpresa quando, depois de alguns meses, fiz os exames? Tudo o que antes eram nas alturas, estavam dentro dos valores ditos normais.
Estômago? Zerado. 
E lá se foram 23kg. Voltei a correr melhor do que nunca, baixando meus tempos a cada nova corrida e com uma recuperação pós-prova excepcional. Pele melhorou, e a memória então, nem se fala. Sono perfeito e pique de adolescente, nestas quase 43 primaveras quase completas.
Meu cardápio? Melhor não comentar. 
Bom, vou ficando por aqui, tomando meu café com manteiga enquanto meus ovos com bacon estão no fogo 🙂
Augusto